De máquina fotográfica na mão e olhar atento, procurava novas sensações e emoções que, de certo modo, me ajudassem a ultrapassar aquelas que me inquietavam o coração.
Ali ao lado, por entre as rochas que delimitam a foz do Lis, irrompe com graciosidade uma pequena e frágil flor. Indiferentes ás circunstâncias envolventes, a pequena abelha e a frágil flor amavam-se com paixão. Nem mesmo a objectiva da máquina conseguiu interromper o seu acto de amor...também não era essa a intenção do fotógrafo.
Talvez, noutro ponto do rio, ou mais ao longe, no macio quente da areia das dunas, outros amores tivessem lugar...ou mesmo sobre a linha branca da espuma deixada pelas ondas sobre a praia. Ali mesmo, onde a terra acaba e o mar começa, o amor pode acontecer...
Apenas a imaginação pode ser o seu limite...
E eu continuo a acreditar que o amor é o único sentimento que dá sentido á vida.
Boa semana