Emoções destrutivas é o título de um livro escrito pelo psicólogo americano Daniel Goleman, em colaboração com outros estudiosos, no campo das emoções, de entre os quais destacaria Richard Davidson e Paul Ekman.
Mas não é sobre o livro que eu quero falar.É sobre uma emoção destrutiva que eu senti esta manhã e me sacudiu até ao tutano. Não quero que ela me faça desistir de acreditar no processo ascensional do povo português.
Esta manhã eu seguia a pé, por uma rua empedrada, nas traseiras do castelo, da minha cidade.É uma rua estreita, com trânsito de sentido único. Cruzei-me com um casal de turistas, acompanhado de duas crianças. Gosto de imaginar que emoções levarão do meu país, aqueles que se renderam ás suas belezas. As crianças corriam despreocupadas, numa rua que há muito deveria ser só para peões; os adultos, que certamente eram os pais, iam tecendo comentários sobre as muralhas da velha fortaleza. Eu seguia alegremente o meu caminho.
Fui arrancado aos meus pensamentos pela velocidade de um carro,o grito de dois adultos e o chorar de duas crianças. Foi tudo muito repentino. Felizmente não passou de um enorme susto, sem consequências físicas; o mesmo não direi das psíquicas.
Ouvi recentemente, na TV, o porta voz dos camionistas descontentes, afirmar que eram pessoas educadas.Acredito.Também eu sou, supostamente, educado.Mas, no momento em que vejo um conductor a acelerar numa rua estreita, de sentido único, mostrando aos turistas que nos visitam, quão elevada é a sua educação e sentido de responsabilidade, perdi toda a assertividade e deixei escapar o grito da minha revolta.
-"Grandecíssima" besta!!!
Seria bom que pensássemos em nos dedicar um pouco menos á selecção e muitíssimo mais á EDUCAÇÂO. Se o não fizermos corremos o risco de desempenharmos o eterno papel de "carro-vassoura"no pelotão dos 27.
Emoções destrutivas....