lua cheia

lua cheia
Adormecendo nos braços do Oceano

sexta-feira, 27 de junho de 2008

EMOÇÕES DESTRUTIVAS

Emoções destrutivas é o título de um livro escrito pelo psicólogo americano Daniel Goleman, em colaboração com outros estudiosos, no campo das emoções, de entre os quais destacaria Richard Davidson e Paul Ekman.

Mas não é sobre o livro que eu quero falar.É sobre uma emoção destrutiva que eu senti esta manhã e me sacudiu até ao tutano. Não quero que ela me faça desistir de acreditar no processo ascensional do povo português.

Esta manhã eu seguia a pé, por uma rua empedrada, nas traseiras do castelo, da minha cidade.É uma rua estreita, com trânsito de sentido único. Cruzei-me com um casal de turistas, acompanhado de duas crianças. Gosto de imaginar que emoções levarão do meu país, aqueles que se renderam ás suas belezas. As crianças corriam despreocupadas, numa rua que há muito deveria ser só para peões; os adultos, que certamente eram os pais, iam tecendo comentários sobre as muralhas da velha fortaleza. Eu seguia alegremente o meu caminho.

Fui arrancado aos meus pensamentos pela velocidade de um carro,o grito de dois adultos e o chorar de duas crianças. Foi tudo muito repentino. Felizmente não passou de um enorme susto, sem consequências físicas; o mesmo não direi das psíquicas.

Ouvi recentemente, na TV, o porta voz dos camionistas descontentes, afirmar que eram pessoas educadas.Acredito.Também eu sou, supostamente, educado.Mas, no momento em que vejo um conductor a acelerar numa rua estreita, de sentido único, mostrando aos turistas que nos visitam, quão elevada é a sua educação e sentido de responsabilidade, perdi toda a assertividade e deixei escapar o grito da minha revolta.

-"Grandecíssima" besta!!!

Seria bom que pensássemos em nos dedicar um pouco menos á selecção e muitíssimo mais á EDUCAÇÂO. Se o não fizermos corremos o risco de desempenharmos o eterno papel de "carro-vassoura"no pelotão dos 27.

Emoções destrutivas....









segunda-feira, 23 de junho de 2008

EMOÇÕES PETROLÍFERAS

Agricultura de subsistência. Algures, no concelho de Leiria.

Lembro-me bem. Já lá vão 40 anos...



Se o preço dos combustíveis não parar de aumentar e prevendo nova greve dos camionistas, o melhor é ir pensando em voltar aos tempos antigos, como se observa na foto.

Aqui, a força motriz é alimentada, básicamente, pela palha, do milho ou do centeio que, depois de digerida, volta a ser depositada no campo, sob a forma de estrume.



Em 1859, o norte americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço, com 21 metros, para a procura de petróleo. Nasceu assim a moderna indústria petrolífera. Com uma produção inicial de 2000 barris, alcançou, 15 anos depois, 10 milhões.

Passados 149 anos, no inicio do século XXI, sabemos que as reservas de crude estão na recta final. Dentro de 30 ou 40 anos não haverá petróleo. E não haverá greves ou bloqueios que consigam resolver o problema.

Como alternativa o Homo sapiens sapiens inventou o bio combustível. E aí surgiu o espectro da crise alimentar. Ou seja, é pior a emenda que o soneto. Talvez, no futuro, sejamos classificados como Homo stupidu, stupidu...



Um empresário português quer pôr a circular em 2009 um automóvel eléctrico, de dois lugares. O veículo funciona com baterias recicláveis e terá autonomia para 100 quilómetros.Precisará de estar ligado a uma ficha eléctrica, durante cinco horas, para atingir a carga máxima. O preço poderá chegar aos 10 mil euros.



Há, sem dúvida, um longo caminho a percorrer, mas alguém tem de dar o primeiro passo.



Entretanto pensemos em comprar uma bicicleta...

sábado, 7 de junho de 2008

VIRGEM

A minha mensagem anterior contém tonalidades indesejadas e que eu não consegui corrigir...


Se, cronologicamente, pertenço ao signo de Capricórneo, em matéria de blogues sou Virgem...

Grato pela compreensão

EMOTIVIDADE FUTEBOLÍSTICA


Olá
Antes de mais o meu obrigado a todos os que deixaram mensagens, no meu blogue, durante a minha ausência.
Leiria, hoje, é uma cidade quente.Não só pela X Feira do livro e manifestações culturais adjacentes, que animam a praça Rodrigues Lobo, como também pela canícula de Agosto, que em Junho se faz sentir.Confesso que não morro de amores pelo calor. Como diz o povo "cada burro tem a sua mania". Eu não sou excepção é regra...
Falemos então de outra coisa.Da foto que coloquei na mensagem. Não, não é o estádio de la Maladière, em Neuchâtel, onde a nossa selecção fez alguns treinos, nem o de Genève onde vai ter o primeiro combate com a Turquia. É o Magalhães Pessoa, na cidade do Liz.
Foi estreado com o Euro 2004; ainda cheira a novo.Projectado para acolher 30.000 espectadores, consegue a "proeza"de receber uma infinitésima parte desse número.Com isso eu confirmei um velho aforismo popular "ter mais olhos que barriga. Aprendi igualmente que as moscas também gostam de estádios de futebol.
Portugal, neste momento, vive uma emotividade futebolística, que eu chamaria de colectiva, se nela me sentisse incluido.Mas não sinto.
Causa-me estranheza, diria mesmo "horror", ver o tal autocarro, que sai do centro de estágios, movido a energia positiva...com uma canção de fundo cantada em inglês. Será que o país de Sua Majestade patrocionou a nossa participação, neste grande acontecimento desportivo, e Portugal teve de encontrar uma forma de lhe demonstrar a nossa gratidão?
Não me move qualquer animosidade contra o futebol em si.Mas sim contra a disproporcionalidade das nossas prioridades, das nossas lutas, das nossas opções colectivas.
Não me causa qualquer sentimento de orgulho, enquanto português, que a maior referência que os outros países tenham sobre Portugal, seja o futebol.
Quando o nosso país decidir unir-se e empenhar-se na luta por uma maior literacia, melhor desempenho da justiça, mais qualidade na saúde, mais educação e cultura, menos pedófilia, menos alcoolismo, menos violência doméstica, com o mesmo entusiasmo que dedica ao futebol, então eu colocarei, não uma, mas uma dúzia, de bandeiras nas minhas janelas, com o vermelho da luta e o verde da esperança.Aí sim, sentirei muito mais orgulho em ser português. Continuarei a gostar de futebol mas não farei disso uma condição "sine qua non"para me sentir de bem com a vida...
Curiosidades: Neuchâtel, onde se encontra hospedada a nossa selecção, é a capital do cantão suisso, com o mesmo nome.A segunda cidade é La Chaux-de-Fonds. A língua é o francês, falado por 18% da população suissa.
A sigla CH, que identifica a Suissa, significa Confédération Helvétique (Confederação Helvética).
Pessoalmente não conheço Neuchâtel. Vivi em Lausanne, capital de cantão de Vaud, muito perto do estádio Olimpico de la Pontaise e relativamente perto da sede do Comité Olimpico Internacional.
Vou terminar, ao som de Andrea Bocelli...maravilhoso...
A minha filha foi passar o fim de semana com a mãe. Vou aproveitar para ir ver Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal...ando a precisar de emoções fortes...
Até breve...