:
:
...uma réstia de sol, uma nesga de terra debruada de mar e duas crianças construindo sonhos sobre a areia molhada da praia...supervisionadas por um avô, atento às investidas das ondas sobre os seus rabiscos desenhados no chão.
Frente ao oceano recordei que sou um ser biológico com um prazo de validade, que espero seja longo ; um dia os meus átomos serão consumidos, sem dramas e sem medos, nas chamas de um qualquer forno crematório. Ao mesmo tempo transporto comigo a eternidade porque aquelas duas crianças perpetuam o meu "software" genético de geração em geração...num eterno hino à vida...
No pinhal onde, segundo o poeta,"se alonga e prolonga a longa voz do mar" comemos camarinhas, a minha neta diz que não gosta do "caroço", e atirámos pedras às pinhas secas dos pinheiros retorcidos pela atlântica maresia...
:
:
Um abraço
: