lua cheia

lua cheia
Adormecendo nos braços do Oceano

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O TRONCO CAÍDO



Fotos: tronco caído, na encosta do Lapedo...e a perna de um aventureiro com aspirações a trapezista..
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Agora, com mais calma, descobri um novo trilho no meu Vale do Lapedo.Serpenteia, selvagem,por entre rochas e espessa vegetação, que é preciso afastar, sempre à procura de ir mais longe e mais alto, antes que anoiteça.
Aquele tronco de pinheiro seco, com apêndices pontiagudos, caído sobre dois arbustos altos, estava numa pose excelente para a foto. Deitei-me debaixo dele, apontei a máquina para cima...e acabei ficando a olhar o azul do céu enquanto os meus sentidos se inebriavam com o silêncio envolvente, apenas quebrado por algumas cigarras que teimavam em cantar ao desafio, no final de uma tarde que tinha sido quente. Para mim são momentos tão íntimos que roçam a espiritualidade...
Mas depois veio a tentação de trepar para cima do tronco caído e caminhar sobre ele; a vista era maravilhosa e compensava o esforço; pior foi descer...o pé escorregou, o galho pontiagudo não se afastou e a perna "furada" ficou...
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Às vezes imagino como seria maravilhoso amar num cenário assim...
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Alguns acham que eu pareço louco, porque um homem normal estaria numa esplanada a beber cerveja fresca e a ganhar barriga.Fazem-me lembrar o poeta António Aleixo:
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"...há muitos que eu conheço
Que parecendo que o não são
São aquilo que eu pareço"
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Boas férias

sábado, 10 de julho de 2010

O CHAPÉU

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Finalmente o repouso dos guerreiros...
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Ontem foi tempo de celebrar. Tivemos o nosso jantar de turma. Não resisti em fotografar o interior do chapéu pertencente ao traje académico da uma colega e em presença do seu conteúdo lembrei-me de citar o poeta António Aleixo:
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Hoje os chapéus das senhoras,
Cheios de aselhas e véus,
São capachos, são vassouras,
São tudo, menos chapéus
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António Aleixo (1899-1949)


Boas férias

segunda-feira, 5 de julho de 2010

INSECTO BEIJANDO A FLOR

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Foto: Dunas da praia da Vieira de Leiria- Insecto beijando a flor.
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"Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
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E em duas bocas uma língua...unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos
Sentindo o nosso sangue misturar-se."
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José Régio (1901/1969)
Soneto de Amor